quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vida por Vida, uma campanha Riffel

Segurança no trânsito é uma questão complexa, envolvendo muitos fatores, vários deles fora do controle dos agentes de trânsito e dos usuários das ruas e estradas. No caso do motociclista, essa equação se torna ainda mais séria, na medida em que os riscos a que nos expomos sobre duas rodas são muito maiores do que quem se desloca em automóveis, por exemplo.

Considerando essas dificuldades e limitações, entendo que todo tipo de ação que objetive reduzir os acidentes de trânsito, e na medida do possível minimize as consequências daqueles que se mostrarem inevitáveis é válida e deve ser apoiada. O importante é ampliar a discussão, como forma de esclarecer e orientar cada vez um maior número de motociclistas.

Nesse sentido, gostaria de divulgar o material enviado a diversos blogs pela Riffel, relativo à campanha Vida por Vida. O material recebido é um tanto cru, na medida em que mostra um baralho relativo à experiência de 32 pessoas que passaram por situações trágicas, ao se envolverem em acidentes de transito, citando dados não só das suas vidas, mas principalmente das situações em que se envolveram e das sequelas resultantes. E junto ao baralho veio também um pen drive contendo um vídeo personalizado para o blog TerapiaMoto.

Pesquisando na internet, observei diversos comentários de pessoas com alguma resistência ao material, na medida em que mostra de maneira bastante direta o sofrimento das pessoas envolvidas. Entendo a posição, mas ao mesmo tempo não posso deixar de ressaltar que independente da forma escolhida, todo tipo de ação que vise conscientizar e minimizar o número de acidentes e as consequências daqueles impossíveis de evitar é válida e deve ser respeitada.

Obviamente que a Riffel, como qualquer outra empresa, tem seus interesses comerciais, mas independente disso o que deve ser considerada é a finalidade da campanha, e essa é de inegável validade. Assim como tantas outras, entre as quais uma que considero de alta relevância é a campanha Sim à Motocicleta, promovida pela Revista Motociclismo, que busca ser uma defesa dos nossos direitos junto à sociedade.

Aos interessados, sugiro visitar o site da campanha que contém vídeos e outros materiais, pois usar equipamentos de segurança é uma ideia que é sempre boa e deve ser adotada. Eu mesmo, na recente viagem a Machu Picchu tive a oportunidade de testar a eficácia dos equipamentos de segurança, e posso afirmar que continuarei a usá-los cada vez com mais critério, e sempre que possível os de melhor qualidade.

Infelizmente o fato de vivermos num país de grandes disparidades e distorções limita isso, muitas vezes pelo preço muito alto dos equipamentos, provocados entre outros fatores pelo excesso de impostos cobrado pelo nosso voraz governo. Sem dúvida é um tanto hipócrita de parte do governo gastar milhões em ações de educação para o trânsito, e enquanto isso o próprio governo inviabilizar o uso de equipamentos de segurança por um grande número de motociclistas, ao onerar demais em tributos equipamentos que deveriam ser acessíveis a todos. Afinal, calças a R$ 500, jaquetas a R$ 600, luvas a R$ 200 e assim por diante, com certeza não contribui para tornar esses equipamentos mais populares entre os motociclistas menos abastados.

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