sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Machu Picchu - Dia 13 - Estamos de volta ao Brasil

Hoje saímos de manhã de Puerto Maldonado, ainda no Peru, já que ontem não foi possível chegar a Rio Branco (no Acre) conforme programado, devido a um furo no pneu da BMW do Renan. Além da moto do Balão estar com o "guidão preso", o que hoje o Ruy identificou como tendo soltado dois parafusos que fixavam o painel da V-Strom, e um deles caiu e ficou preso junto à mesa chegando a riscá-la.

Felizmente, com o furo no pneu do Renan fomos obrigados a ficar em Puerto Maldonado, o que fez com que o Balão não rodasse mais, pois a história desses parafusos soltos poderia ter consequências perigosas. Com a recolocação e reaperto dos mesmos, tudo ficou bem com a V-Strom.

Puerto Maldonado é uma cidade muito quente, e saímos de lá sofrendo com isso. Só conseguimos cobrir os mais de 200 Km até Iñapari em quase de três horas de muito suor e uma quantidade inacreditável de quebra molas (em lugares onde havia só 2 ou 3 casas chegamos a ver 4 a 6 quebra molas, e nenhum pequeno). E ao chegar à aduana brasileira perto das 13h00, fomos surpreendidos com uma aviso na aduana brasileira: "fechado das 12h00 às 14h00 para almoço"!

Isso é incrível, pois se trata de uma zona de fronteira numa região marcada pelo tráfico de drogas e armas, e a aduana brasileira estava às moscas. Depois de alguma discussão, concluímos que não havia porque ficar esperando os funcionários voltarem do almoço, afinal estávamos voltando ao nosso país e não se esperava qualquer carimbo no nosso passaporte. Portanto se não havia interesse da Polícia Federal e da Receita Federal em fiscalizar nosso retorno, também não havia razão para perdemos uma hora do nosso tempo esperando pacientemente pelos funcionários.

Então seguimos direto para Rio Branco e tomamos chuva, muita chuva. Nesta região o esquema de chuvas é curioso, pois a chuva vem repentinamente, variando de uma garoa fina a uma chuva muito forte, venta muito, e depois de alguns minutos a chuva termina, e volta o calor de sempre. No fim, tomamos meia dúzia de chuvas, e chegamos no hotel um tanto molhados, pois lá pelas tantas você perde a paciência de colocar/tirar/recolocar a capa de chuva.

À noite jantamos um belo peixe (em várias formas) no restaurante Inácio's, regado a cerveja. E mais uma vez cama, pois amanhã seguimos para Porto Velho, em Rondônia. Considerando os eventos recentes, estamos exatamente um dia atrasados em relação à programação original, e com isso prevemos chegar a Porto Alegre não mais no dia 28, e sim no dia 29.

Esses são problemas de altas quilometragens em estradas que não conhecemos, e quando ocorrem problemas como pneus furados, retentores de bengala estourando, chuva em excesso, tudo vai se acumulando na forma de perda de tempo, e acabamos tendo que optar por reduzir a quilometragem diária em razão de manter a segurança. No total, hoje rodamos 560 Km (pelo GPS).

4 comentários:

  1. Volmir, bom retorno, junto com os colegas de aventura. Uma viagem dessas, sem contratempos, não teria nem 1% do seu valor e fascínio. Parabéns pelo blog, em tudo que foi durante o trajeto e o que mais certamente vem por aí.

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  2. Neste blog, revelas que disseminar informação no decorrer dessas décadas só mudou nos suportes, nas ferramentas, no domínio da tecnologia. A iniciativa e o prazer de criar e recriar, dispor textos e imagens, não caem jamais no esquecimento.

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  3. Sue, fico feliz que esteja aqui. Sem dúvida, viagens sem acontecimentos seriam chatas. Agradeço o elogio, e sem dúvida a tecnologia tem facilitado a disseminação de informação pelas pessoas comuns, em vez de só por meios especializados como no passado.

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