quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Machu Picchu - Dia 10 - De Puno a Cusco, a Cidade Perdida é logo alí

Em mais um dia de baixa quilometragem (apenas 373 Km pelo GPS), partimos pela manhã em direção a Cusco, e já na saída de Puno mais uma surpresinha: nova batida policial, pedido do seguro SOAD (semelhante à Carta Verde, só que válido para o Peru), conversa aqui, insinua multa de 432 soles e retenção do veículo alí, e no fim tudo se resolve com o chefe dos policiais me mordendo em US$ 20,00. Incrível ver o padrão como tudo se resolve no Peru, ainda mais quando a burocracia dá os meios para a corrupção escancarada dos policiais.

Sobre esse seguro SOAD, pelo que sei custa apenas US$ 20,00 mas o problema é que não é fácil fazê-lo, pois as seguradoras brasileiras nem sabem ainda do que se trata. Na sua próxima viagem ao Peru veja se isso já melhorou, pois senão terá os mesmos problemas para resolver com os próprios agentes da lei, e no fim custa mais caro do que levar o seguro necessário. É uma pena essa situação obscura, pois quando a coisa é bem definida como ocorre com a Carta Verde, você faz o que tem que fazer e caso encerrado.

A viagem foi curta e bastante fria, mas marcada por belas paisagens. O Peru agrada o viajante, sem a menor dúvida, apesar dos policiais corruptos. Pegamos muitas obras na entrada de Cusco, que é uma cidade grande, e o GPS teve grande utilidade, nos levando exatamente ao local desejado, em frente ao Hotel Ruínas. Como esse hotel não tinha vaga, ficamos a meia quadra de distância no Hotel 7 Ventanas, novo, de muito boa qualidade e preço atrativo. Cusco tem uma enorme estrutura comercial e hoteleira, sendo fácil se instalar na cidade.

Na chegada o Roberto observou o estouro do retentor de uma das bengalas da TDM900. Enquanto o grupo passeava, eu e Roberto procuramos a concessionária Yamaha da cidade, onde fomos muito bem atendidos pelo proprietário, o sr. Francisco Lucana, e em cerca de duas horas a moto estava em plenas condições para seguir viagem. Curiosamente, o sr. Francisco dizia ter muitos amigos argentinos e brasileiros, mas nenhum chileno, reflexo das antigas brigas territoriais que ainda hoje refletem na população.

Já na chegada no hotel providenciamos a compra dos pacotes para visitar Machu Picchu no dia seguinte, pagando US$ 200,00 por pessoa (consegue-se por US$ 180,00 diretamente nas agências de viagem da cidade, mas como o tempo era curto preferimos não arriscar). E usamos o final da tarde para conhecer a parte central da cidade, típica do modelo de colonização espanhola, tipificado por destruir a cidade pré-existente e construir uma nova cidade, sempre com a Plaza das Armas, museus e catedral. Características típicas da imposição pela força das armas.

Aproveitamos para comprar presentes para a família, e à noite jantamos num restaurante típico peruano, e eu mais uma vez caía de sono à mesa, o que tem sido uma tônica nessa viagem. Nesse hotel, reencontramos um grupo de três motociclistas de Uruguaiana/RS, que já havíamos encontrado antes em Puno, e que seguiriam no mesmo trem para Machu Picchu no dia seguinte. Na sequência, hotel e cama, pois a saída para Machu Picchu seria na madrugada, bem cedinho.

Após deixar Puno, muitas obras, mas no geral as estradas são boas (foto: Javier Palleiro)


Belas e frias paisagens, valendo a parada para algumas fotos (foto: Javier Palleiro)

Uma enorme ferrovia acompanha a estrada, mas não vimos trens, apenas trilhos (foto: Javier Palleiro)

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