segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Machu Picchu - Dia 2 - Ita Ibaté - Joaquim Gonzales

Primeiros problemas

Tendo tudo dado muito certo ontem, hoje as coisas já não saíram exatamente como o planejado. Apesar dos problemas, conseguimos rodamos 756 Km (pelo GPS), mas ainda ficamos a 250 Km do local planejado, San Salvador de Jujuy, pois tivemos dois problemas que atrasaram bastante alcançar o destino.

Primeiro, uma falha na planilha de viagem, referindo 99 Km num trecho que na realidade tinha 185 Km, o que fez uma certa diferença. Erro esse que quem fez a planilha não percebeu, e ninguém dos demais (eu inclusive) se deu ao trabalho de conferir, portanto todos erraram juntinhos e pagaram da mesma forma.

Segundo, e mais grave: minha Hornet pela manhã mostrou que a luz do farol baixo estava queimada. Agradeci por serem duas lâmpadas, liguei o farol alto e "vambora"... só que à tarde o Luís me informou que novamente eu estava sem farol.

Na primeira parada, desmontamos a bolha e o farol e constatamos que só uma das lâmpadas estava queimada, mas nenhum das luzes do farol funcionava. Concluímos por um provável problema de chicote, já que não havia qualquer falha nos fusíveis.

Resultado: o Ruy (num lampejo de criatividade)  propôs desviar a fiação de uma das sinaleiras laterais do farol (nem sei prá que serve aquilo) para o farol, já que a voltagem era a mesma e a potência seria suportada por qualquer dos fusíveis, já que não identificamos qual seria o fusível envolvido (graças ao manual não muito preciso da moto). Enfim, a gambiarra funcionou e seguimos viagem, mas não sem perder algo entre 1h30 e 2h00 no desmonta/testa/monta.

Além desses problemas, nos deparamos com o famoso calor do Chaco Argentino, com suas estradas retas e intermináveis, primeiro local que já vimos na Argentina onde as estradas podem ser taxadas de ruins, especialmente mais próximo a Joaquim Gonzales. Asfalto velho, lombadas, remendos de péssima qualidade e mesmo um tanto de buracos dignos das estradas brasileiras às quais estamos tão acostumados.

E há que se ter muito cuidado nessas estradas, pois a quantidade de animais ao lado e cruzando a pista é muito grande, desde ovelhas até porcos, vacas e cavalos. Felizmente, aqui ainda não temos as lhamas e guanacos, que aparecerão só mais tarde.

No entorno da estrada, a vegetação é de uma desolação total, absolutamente ressecada, tanto que vimos incêndios nessa vegetação, pois preciso muito pouco para torná-la incandescente.

No fim da história, só conseguimos chegar a Joaquim Gonzales, onde não havia gasolina no único posto da cidade, e o próximo posto ficava a 80 Km e ninguém garantia ter combustível. A situação parece hoje menos ruim do que há alguns meses, mas é longe de boa. Amanhã sairemos às 07h00, pois precisamos chegar a San Pedro de Atacama, já no território chileno.


No caminho para o Atacama, muitos quilometros a percorrer (foto: Luís Lacerda)

Promovendo uma gambiarra... e fez-se a luz (foto: Luís Lacerda)

Depois de reviver o farol, voltamos ao caminho do Atacama (foto: Luís Lacerda)

2 comentários:

  1. Caro Volmir, comprem uns galões de água, encham de nafta e se mandem logo pro Chile!!!Abraço a todos-Alex Brito

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  2. Olá Alex, estamos em Arica. Nao chegamos a galoes de nafta, mas uma Pet de 2 litros me salvou hoje. Abraco.

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