quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Machu Picchu - Dia 18 - No Paraná estradas péssimas, mas menos tédio e calor

Nesse penúltimo dia da viagem, excepcionalmente pudemos dormir até mais tarde, esperando a definição da BMW sobre a G650 do Javier. E se o funcionamento da moto não se mostrou exemplar, pelo menos o serviço de socorro e conserto foi bem eficiente, visto que às 09h00 da manhã a moto estava em frente ao hotel, pronta para seguir viagem sem novas ocorrências.

Já o motivo da parada da moto beirou o inusitado: a bateria estava seca, por absoluta falta de água na mesma. Em princípio entendi que a bateria seria daquelas antigas, não seladas, mas mais tarde, conversando com o Beto (que é mecânico), ele disse que a bateria é selada, e que o que teria sido feito foi uma gambiarra para colocar água numa bateria que deveria ser substituída. Em qualquer caso, situação desagradável para a essa BMW que mostra claras limitações.

Por volta das 09h30 deixamos o hotel, e encaramos uma demorada saída pela parte central de Campo Grande, num dia em que terminaríamos por rodar 637 Km (pelo GPS) até chegarmos a Cascavel/PR. De positivo, nesse dia sofremos menos com o calor, pois quanto mais nos aproximávamos do Paraná mais a temperatura se tornava agradável. Perto de Dourados, mas uma vez nos deliciamos tomando água de côco bem gelada, acompanhada de ótimas goiabas que um vendedor fornecia à beira da estrada.

Só nos aproximamos de Cascavel ao final da tarde, e justo no trecho final e já ao cair da noite, demos de cara com o inferno de muitas estradas do Paraná. Fizemos um inacreditável trecho de 65 Km povoado por enormes crateras e infinitos caminhões, que se mostrou um enorme aperto para quem já estava cansado depois de ter rodado bastante durante o dia. Felizmente, ao chegarmos mais perto de Cascavel pegamos uma via expressa em excelentes condições, o que tornou os últimos 30 Km um passeio agradável em alta velocidade e boas condições de segurança.

Na entrada da cidade em que faríamos o último pernoite, paramos num posto para abastecer, e o Luís foi à caça do último hotel da viagem, e enquanto isso me diverti jogando sinuca com dois irmãos paranaenses que terminavam o dia de trabalho no bar. Foi uma ótima saída para o stress das estradas esburacadas e movimentadas que pegamos.

Depois de muito trabalho devido às escassas opções, acabamos descobrindo um jantar de qualidade numa casa de shows da cidade, e a comida foi excelente, mas rapidamente abandonada para cairmos na cama cedo, já que na manhã seguinte sairíamos às 06h30, para finalmente chegar em casa.

Felimente nesse dia encerramos a parte insuportável da viagem pela parte brasileira, composta de estradas retas, laterais desmatadas e muito calor dia após dia, sem nada de bonito ou interessante para ver. Já na chegada ao Paraná as paisagens melhoram, o terreno se torna menos plano, e apesar de algumas estradas muito ruins, pelo menos a viagem se torna mais desafiante e menos tediosa.

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