sábado, 24 de setembro de 2011

Machu Picchu - Dia 14 - Um interessante dia na viagem

O trecho de Rio Branco a Porto Velho (514 Km pelo GPS) foi bastante tranquilo, em muitos casos chegando a ser sonolento. Em determinada etapa da estrada, pegamos um trecho em obras de 10 Km, que felizmente não apresentou maiores dificuldades pelo tempo seco. Mas se estivesse chovendo nesse dia a coisa seria bem diferente, pois tratava-se de um treço de chão batido (nada de cascalho e pedras), e portanto a lama tornaria a experiência bastante penosa.

Na chegada ao Rio Madeira eu e Ruy fomos detidos em mais uma barreira do exército, que exigiu que mostrássemos grande parte da bagagem. Nada demais, e uma atuação necessária, já que segundo o vendedor de passagens para a balsa, cerca de um mês antes a mesma barreira havia apreendido um caminhão com módicos 30 Kg de cocaína na cabine, o que torna fácil entender as motivações da fiscalização.

A travessia da balsa foi tranquila, já que havíamos sido informados da possibilidade de enormes filas de caminhões. E nela ficamos sabendo que logo na sequência existia um excelente restaurante na beira da estrada.

A cerca de 8 Km da balsa encontramos o restaurante Tempero do Sul, mantido pelo simpático argentino Odair Zauza (o Cawboy), motociclista participante do motoclube Viramundo. Fomos muito bem recebidos, e tivemos o único verdadeiro almoço em todos os dias de viagem (exceto os raros dias em que não rodamos). Essa foi uma parada digna de nota, pois foi um dos últimos eventos interessantes da longa travessia em território brasileiro.

Na chegada a Porto Velho, a espera num posto enquanto Ruy e Luís encontravam um hotel foi animada pelas pessoas que se agrupavam junto às motos, inclusive por inusitados passos de forró ensaiados pelo Roberto com uma habitante local.

Após nos instalarmos no hotel, fomos para a casa da Isabel Castro e família, prima do Ruy que nos recebeu com excepcional atenção. Noite interessantíssima, regada a muita cerveja e peixes de diversas matizes, completada por uma sobremesa sensacional, e isso tudo numa casa linda, ampla e muito agradável. Nossos mais sinceros agradecimentos Isabel, pois sem dúvida essa foi uma das ocorrências da parte brasileira da viagem que de forma alguma esqueceremos.

Ao final da noite, descanso para encarar muita estrada, sono e calor no dia seguinte.

Travessia na balsa do Rio Madeira, na fronteira de Brasil e Bolívia (foto: Volmir Ferreira)

Um almoço excepcional, pouco além do Rio Madeira, em Rondônia (foto: Volmir Ferreira)

Javier mostra a jaqueta do amigo Odair Zauza, dono do restaurante Tempero do Sul (foto: Volmir Ferreira)

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